Glória do Ribatejo: foi constituída uma nova associação de proteção e conservação da biodiversidade
Na sexta feira, 17 de janeiro, foi constituída uma nova associação ambiental, sem fins lucrativos na vila de Glória do Ribatejo. "Labirinto da Cegonha . Associação de Proteção e Conservação da Biodiversidade", vai ter a partir de agora uma intervenção activa nos problemas ambientais no concelho de Salvaterra de Magos e nos concelhos limítrofes.

O “Labirinto da Cegonha” é uma associação ambiental que vai ter como objectivo principal a conservação e recuperação de habitats da fauna e flora na Charneca Ribatejana e nos vales do Tejo e Sorraia. Também vai ter a responsabilidade de organizar eventos e ações que visam a proteção e recuperação da fauna e flora selvagens e fungos microscópicos, micro organismos e educação para o desenvolvimento sustentável.
Diversas ações de formação para a comunidade educativa e da população em geral vai ser outro dos objetivos da associação ambiental “Labirinto da Cegonha”, que foi legalmente constituída e que será apresentada oficialmente em finais de do mês de janeiro.
A realização de percursos interpretativos em áreas naturais e aulas na natureza (aprender e conhecer com as aves e flora), vai ser outra grande aposta do “Labirinto da Cegonha”.

Foto: D.R
No fundo o que esta associação ambiental sem fins lucrativos ambiciona é proteger a fauna e a flora na Charneca Ribatejana, na Lezíria do Tejo e no Vale do Sorraia.
Esta nova associação ambiental vai procurar assinar protocolos com outras associações existentes em Portugal e no estrangeiro, com vista a ter uma intervenção mais ativa e reconhecida cientificamente.
Também vai querer ter como sócios alguns professores, cientistas e pesquisadores que se interessem pela defesa do meio ambiente. Por isso também estão previstos alguns protocolos com diversas universidades e institutos politécnicos.
Cegonha-branca (nome científico: Ciconia ciconia) é uma ave de grande porte da família das Ciconiidae.
A plumagem da cegonha branca é maioritariamente branca, com preto nas asas. Os adultos têm longas patas vermelhas e bicos vermelhos longos e pontiagudos e medem uma média de 100–115 cm da ponta do bico até ao fim da cauda e 155–215 cm de envergadura de asas. As duas subespécies, que diferem ligeiramente em tamanho, acasalam na Europa (norte até à Finlândia), noroeste de África, sudoeste da Ásia (este para sul do Cazaquistão) e sul de África.
A cegonha-branca é uma ave migratória de longa distância, invernando em África desde a África subsariana até à África do Sul ou até mesmo no subcontinente indiano. Ao migrar entre a Europa e África, a ave evita atravessar o Mediterrâneo e faz o desvio pelo Levante a oriente ou pelo Estreito de Gibraltar a ocidente, porque as térmicas de ar das quais a ave depende não se formam sobre a água.
Sendo uma ave carnívora, a cegonha-branca digere uma grande variedade de animais, incluindo insetos, peixes, anfíbios, répteis, pequenos mamíferos e pequenas aves. Apanha a maior parte da sua comida do chão em zonas de baixa vegetação ou dentro de águas de pouca profundidade.
É um reprodutor monogâmico, mas não acasala para toda a vida. Ambos os membros do par constroem um ninho grande feito de paus que pode ser usado por vários anos. Em cada ano a fêmea põe uma ninhada de geralmente quatro ovos que eclodem de forma assíncrona 33-34 dias após terem sido colocados.
Os dois adultos fazem turnos a incubar os ovos e ambos também alimentam as crias. As crias deixam os ninhos 58-64 dias depois de nascerem e continuam a ser alimentadas pelos adultos por mais um período de 7-20 dias.
Seis anos depois de ter sido avaliada como espécie quase ameaçada, a cegonha-branca foi catalogada em 1994 como “Pouco preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
Foi beneficiada com as atividades humanas durante a Idade Média como a limpeza das florestas; no entanto, as mudanças nos métodos de cultivo e a industrialização viram a sua população declinar e até mesmo desaparecer em algumas partes da Europa, durante os séculos XIX e XX.
Programas de conservação e reintrodução pela Europa resultaram que a cegonha-branca voltasse a se reproduzir nos Países Baixos, Bélgica, Suíça, Suécia e mesmo até em Portugal.
Possui poucos predadores naturais, porém abriga vários tipos de parasitas; sua plumagem é lar de várias espécies de piolhos e ácaros das penas e o seu enorme ninho é também frequentado por várias espécies de mesostigmata.
Esta ave conspícua e muito popular tem dado origem a muitas e variadas lendas, fábulas, mitos e contos em toda a sua gama, das quais a mais conhecida é a história dos bebés que são trazidos pelas cegonhas.
Fonte: Wikipédia