
Agricultores e Agência Portuguesa do Ambiente alegam que salinidade do rio Tejo não deixava outra opção, mas há quem fale de ameaça ambiental e de aparecimento de peixe morto.
O curso do rio Sorraia foi interrompido no passado dia 24 pela Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira (ABLGVFX), autorizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tendo-se criado uma espécie de açude a cerca de 1 quilómetro do Porto Alto, onde a água doce vinda de montante fica agora retida e é utilizada para a rega de mais de 10 mil hectares de culturas. A medida foi justificada com o avanço da cunha salina (água salgada) do Tejo até zonas situadas mais a norte do que seria habitual, que inviabilizou as tradicionais captações de água para rega no maior rio ibérico.
Mas segundo o “Ribatejo News” pôde apurar junto de alguns pescadores do Porto Alto, “os técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que emitiram as licenças para construir aquele “mamarracho” que corta o fluxo hidráulico natural do Sorraia, estiveram no rio apenas a passear de barco e sem ter atenção aos peixes que estão mortos nas margens do mesmo. E não tiveram a coragem de entrar no rio Almansor para ver os efeitos nefastos da água salgada das marés”.